Eliseu Visconti
Eliseu D'Angelo
Visconti (Salerno, Itália 1866 - Rio de Janeiro RJ 1944). Pintor,
desenhista, professor. Vem com a família para o Rio de
Janeiro, entre 1873 e 1875, e, em 1883, passa a estudar no Liceu de Artes
e Ofícios, com Victor Meirelles (1832 - 1903) eEstêvão Silva
(ca.1844 - 1891). No ano seguinte, sem deixar o Liceu, ingressa naAcademia Imperial de Belas Artes - Aiba, tendo
como professores Zeferino da Costa (1840 - 1915), Rodolfo Amoedo
(1857 - 1941), Henrique Bernardelli (1858 - 1936), Victor
Meirelles e José Maria de Medeiros (1849 - 1925). Em 1888,
abandona a Aiba para integrar o Ateliê Livre, que tem por
objetivo atualizar o ensino tradicional. Com as mudanças ocorridas com a
Proclamação da República, a Aiba transforma-se na Escola Nacional
de Belas Artes - Enba. Visconti volta a freqüentá-la e recebe, em
1892, o prêmio de viagem ao exterior. Vai à Paris e ingressa na École Nationale
et Spéciale des Beaux-Arts [Escola
Nacional e Especial de Belas Artes]; cursa arte decorativa na École Guérin, com
Eugène Samuel Grasset (ca.1841 - 1917), um dos introdutores do art nouveau na França. Viaja à Madri, onde realiza cópias de
Diego Velázquez (1599 - 1660), no Museo del Prado [Museu do Prado], e à Itália,
onde estuda a pintura florentina. Em 1900, regressa ao Brasil e, no ano
seguinte, expõe pela primeira vez na Enba. Executa o ex-libris para a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, e
vence o concurso para selos postais e cartas-bilhetes, em 1904. Em 1905 é
convidado pelo prefeito da cidade, engenheiro Pereira Passos, para
realizar painéis para a decoração do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Entre
1908 e 1913, é professor de pintura na Enba, cargo a que renuncia por
descontentamento com as normas do ensino. Retorna à Europa para realizar
também, entre 1913 e 1916, a decoração do foyer do Theatro Municipal do Rio de
Janeiro e só se fixa definitivamente no Brasil em 1920. Segundo alguns
estudiosos, é considerado um praticante do art nouveau e do desenho industrial
e gráfico no Brasil, com obras em cerâmica, tecidos e luminárias.
Fonte - Itaú Cultural
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