A Pré-história está dividida da seguinte forma:
Paleolítico Inferior (c.
de 500.000 a c. de 30.000 a.C.);
Paleolítico Superior (c.
de 30.000 a c. de 10.000 a.C.);
Neolítico (c.
de 10.000 a.C. até o surgimento da escrita a c. de 3.000 a.C).
No nosso estudo partiremos do Paleolítico Superior, também conhecido
como Idade da Pedra Lascada, pois é nesse momento que os pesquisadores
registraram as primeiras manifestações artísticas, como é o caso das pinturas
pré-históricas encontradas principalmente nas cavernas de Niaux, Font-de-Gaume
e Lasaux, na França e na de Altamira, na Espanha. Foi
com intenção ritualística que surgiram as primeiras pinturas rupestres que constituem registros que permanecem até a atualidade e
auxiliam inclusive na compreensão, por parte de
historiadores e arqueólogos, sobre como era a
vida naquela época.
O “artista-caçador” da Pré-história, ao
representar os animais nas paredes das cavernas, acreditava dominá-los. No
Paleolítico Superior, ele supunha que, pintando o animal, seu grupo conseguiria
capturá-lo durante a caçada.
Esse “artista-caçador” escolhia uma
parede de difícil acesso para pintar,e lá retratava o animal tal qual era visto
na natureza, utilizando como material o carvão, a seiva de plantas e de frutas,
argila, fezes e sangue de animais.
É interessante lembrar que o termo
“artista-caçador” foi utilizado entre aspas porque nesta época as pinturas
tinham apenas função mágica e de registro. O termo artista, entendido como
aquele que se dedica às Belas Artes ou que delas faz profissão, é aplicado
somente a partir do século XV, tanto é que até o século XIV o artista era
considerado um artesão ou artífice.
Você sabia que no Período Paleolítico
não eram desenhados seres humanos? Sua representação pictórica começa a
acontecer no Neolítico. Nesta fase, o homem começou a utilizar a parede para
registrar sua história, retratando cenas ocorridas em seu cotidiano. Nelas dá
para perceber a convivência entre homens e animais, o que mostra que os homens
já os domesticavam nessa época. Para estas representações,
o
homem continuava utilizando elementos da natureza, porém suas pinturas agora
são mais simplificadas do que no Paleolítico.
E no Brasil, há pinturas
pré-históricas? Se você supõe que não, saiba que o sítio arqueológico da Serra
da Capivara, no Piauí, é um dos mais importantes do mundo.
Dentro dos estudos arqueológicos desenvolvidos na América, o BRASIL concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos. Entre os estados que apresentam antigos vestígios da presença humana podemos destacar primeiramente os estados do Piauí, Minas Gerais e as regiões litorâneas do Centro-sul do país.
Em São Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niède Guidon notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentarem-se.
Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das Américas. Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de 11.500 anos. Pesquisas desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação do continente. Os traços negróides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente.
Próxima das regiões de rio e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré-históricos. Nestes lugares, montes de conchas e esqueletos de peixe conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca. Também conhecidos como povos sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado em Vale do Ribeira (SP).
Nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos. Os chamados “cemitérios dos índios” são, na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro. Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente da dos sambaquis.
Ainda na região amazônica, temos relato sobre um outro conjunto de povos pré-históricos. Designados como integrantes da civilização marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais. Dotados de uma arte ceramista ricamente detalhada, os marajoaras faz parte dos mais complexos grupos humanos que viveram em terras brasileiras.
Com o passar dos anos, as civilizações ameríndias foram desenvolvendo-se em território nacional. Espalhados em diferentes tribos, os índios brasileiros integraram uma parte mais recente da História das populações nativas do Brasil. A partir do século XV, a chegada dos europeus transformou radicalmente a situação dos índios. A intolerância religiosa e cultural, a violência e as epidemias foram responsáveis pela dizimação dos povos indígenas no país.
Em São Raimundo Nonato (PI), um grupo de arqueólogos liderados por Niède Guidon notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência. Entre as principais conclusões desses estudos, destaca-se a presença de comunidades coletivas que caçavam e utilizavam o fogo para protegerem-se e alimentarem-se.
Na região de Lagoa Santa (MG) é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Foi ali que se achou o mais antigo fóssil das Américas. Trata-se do crânio feminino que existiu há cerca de 11.500 anos. Pesquisas desenvolvidas a partir desse fóssil (apelidado de Luzia) abriram portas para novas teorias sobre o processo de ocupação do continente. Os traços negróides de Luzia levantam a suspeita de uma onda migratória da Oceania, responsável pela ocupação do nosso continente.
Próxima das regiões de rio e no litoral do Brasil existe outro conjunto de vestígios pré-históricos. Nestes lugares, montes de conchas e esqueletos de peixe conferem a existência de comunidades inteiras que sobreviviam da pesca. Também conhecidos como povos sambaquis, essas populações foram usualmente detectadas no Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No ano de 2001, o mais antigo sambaqui brasileiro foi encontrado em Vale do Ribeira (SP).
Nas regiões do interior do Brasil também são encontrados riquíssimos sítios arqueológicos. Os chamados “cemitérios dos índios” são, na verdade, vestígios de antigas civilizações do território brasileiro. Ali encontramos grandes aldeias que realizavam sofisticados rituais funerários. Datados com cerca de mil anos, esses povos possuíam uma cultura bastante diferente da dos sambaquis.
Ainda na região amazônica, temos relato sobre um outro conjunto de povos pré-históricos. Designados como integrantes da civilização marajoara, esses povos deixaram interessantes vestígios materiais. Dotados de uma arte ceramista ricamente detalhada, os marajoaras faz parte dos mais complexos grupos humanos que viveram em terras brasileiras.
Com o passar dos anos, as civilizações ameríndias foram desenvolvendo-se em território nacional. Espalhados em diferentes tribos, os índios brasileiros integraram uma parte mais recente da História das populações nativas do Brasil. A partir do século XV, a chegada dos europeus transformou radicalmente a situação dos índios. A intolerância religiosa e cultural, a violência e as epidemias foram responsáveis pela dizimação dos povos indígenas no país.
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