sexta-feira, 30 de março de 2012

O REALISMO

                           REALISMO





                                  Entre 1850 e 1880 um novo movimento cultural, denominado Realismo, predominou na França e se estendeu por toda a Europa e outros países.
                                  Os artistas integrantes desse movimento sentiam a necessidade de pintar a vida, os problemas e costumes das classes média e baixa, em substituição à arte inspirada em modelos do passado.
                                  O Realismo se desenvolveu ao lado da crescente industrialização das sociedades e agora o homem estava convencido que precisava ser realista, inclusive em suas criações artísticas.
                                  


                                   A Arquitetura no Realismo – Com a industrialização grandes mudanças ocorreram na Europa. As igrejas e palácios construídos nos séculos anteriores com requinte foram substituídos por fábricas, hospitais, armazéns, apartamentos urbanos, escolas, estações ferroviárias, enfim, construções civis que atendiam às necessidades da classe operária e da burguesia do século XIX. As obras de engenharia e arquitetura passaram a ser realizadas com materiais novos surgidos a partir da Revolução Industrial, como o ferro fundido e o concreto armado. De início, o ferro foi utilizado com o propósito unicamente utilitário, depois tornou-se o meio de suporte habitual para a cobertura de grandes espaços, como estações ferroviárias e bibliotecas públicas. Mais tarde, com objetivos mais ambiciosos, o ferro o material básico da delicada estrutura do palácio de Cristal de Londres, construído em 1851 por Joseph Paxton, e também da primeira construção francesa que adotou esse material em toda sua estrutura, a célebre torre Eiffel, monumento símbolo concluído em 1889. Com 330 metros de altura, foi a construção mais alta da época.



                                     A Escultura Realista – A escultura realista não se preocupou com a idealização da realidade. Ela procurou recriar os seres tal como eles são e preferiam os temas contemporâneos inclusive os temas políticos.
                                     Dentre os escultores que mais se destacaram, temos Auguste Rodin (1840-1917), com suas obras polêmicas.Seu primeiro trabalho importante foi A Idade do Bronze, de 1877, que causou uma grande discussão motivada pelo seu intenso realismo.Mas é com São João Pregando, de 1879, que ele revela sua característica fundamental: a fixação do momento significativo de um gesto humano. Sua obra mais conhecida é O Pensador (1881).Durante muito tempo especulou-se sobre qual deveria ser a questão que o intrigava tão profundamente.


                              A Pintura Realista – A pintura realista, assim como  a arquitetura e a escultura, abandonaram os temas históricos e fixaram cenas populares do dia a dia, cheio de idéias políticas da época e viviam apregoando que ser realista não é ser exato, mas verdadeiro.Na teoria deles, o belo pode ser encontrado na natureza sob diversas formas, sempre dentro da realidade.
                              Destaca-se na pintura realista dois grandes artistas Courbet e Manet.
                              Gustave Courbet (1814-1877), foi considerado  o criador do realismo social na pintura, pois procurava retratar em suas pinturas, temas da vida cotidiana, principalmente das classes populares. Seus quadros denunciavam as diferenças sociais que a burguesia da época preferia ocultar. Em O Ateliê do Pintor, Courbet declara publicamente suas opiniões sobre a sociedade em que vivia.

                                Édouard Manet (1832-1883), filho de burgueses ricos parisiense, Manet não tem intenções sociais, porém seus trabalhos revelam certo ar aristocrático.Sua carreira foi marcada por alguns desafios à crítica conservadora e provocaram certos escândalos. O maior deles foi em 1863, Almoço na Relva, que foi recusada pelo júri do Salão  dos Artistas Franceses.Esse quadro causou um grande escândalo ao se retratado uma mulher nua em companhia de dois homens elegantemente vestidos.
                                 A descoberta mais importante dessa obra de Manet é a composição formado de um sistema de triângulos que se interrelacionam, criando uma estrutura fechada onde aparentemente existia uma dispersão de elementos. Assim, há um triângulo formado pelas três figuras sentadas sobre a relva, outro que se sobrepõe a esse e envolve a figura na água, e um terceiro, mais amplo, que abrange todas as figuras e tem se vértice no pássaro que voa no ponto mais alto da tela. Do ponto de vista das cores, o centro de interesse está na luminosidade que a cena ganha com a figura nua da modelo. Essa luminosidade criada pelo artista nessa obra e em outras, foi apontada pelos críticos de arte como um elemento precursor do Impressionismo.




                                                                 Leide Jane M. Vasconcelos













                              



                                 

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