sexta-feira, 30 de março de 2012

O IMPRESSIONISMO

IMPRESSIONISMO




                                O Movimento Impressionista surgiu a partir da forma de pintar de Eduard Manet (1832-1883) que, embora não sendo impressionista, revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do Século XX.
                                 Os pintores impressionistas perceberam que as cores da natureza se alteram de acordo com a intensidade da luz solar que incide sobre elas. Eles geralmente pintavam ao ar livre, para melhor observar os efeito da luz sobre as pessoas, os objetos e as paisagens. Dessa forma, perceberam que podiam representar uma paisagem, não como objetos individuais com cores próprias e sim como uma mistura de cores que se combinam.
                                  O artista impressionista centrou-se sobretudo na paisagem e seu interesse voltou-se para a natureza. Dessa forma deu poça importância aos temas sociais como havia feito Courbet no realismo. Ao observar a natureza ao ar livre, o artista impressionista expressava sua relação pessoal com ela e captava em sua tela a primeira impressão percebida, a “sensação”. No impressionismo as figuras não tinham contornos nítidos, pois as linhas de contorno não existem na natureza, são abstrações usadas pelo homem para representar imagens.


                                   A Pintura Impressionista – A pintura impressionista é caracterizada principalmente pelas suas pinceladas separadas que produzem a sensação de manchas sem contorno quando observadas de perto. Porém, se a olharmos de longe, as pinceladas organizam-se em nossa retina criando formas e luminosidade. Foi preciso alguns anos para que o público descobrisse esse fato. Dessa maneira, para apreciar uma pintura impressionista, é necessário recuar alguns metros e perceber que as manchas sem contornos se organizam e ganham vida diante de nossos olhos.
                                    Dentre os pintores impressionistas podemos citar Monet, Renoir, Degas, Cézanne, Piissarro, Sisley e Morisot, que participaram da exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874.
                                     Claude Monet (1840-1926), preocupava-se especialmente com a luz solar refletida nos seres humanos e na natureza. O quadro Mulheres no Jardim, marcam o início dessa fase em sua pintura. A partir daí, Monet entusiasma-se com a pintura ao ar livre, que lhe permite recriar os efeitos da luz do sol diretamente da natureza, como podemos ver em La Grenouillère e Impressão, Pôr do Sol. O melhor exemplo dessa preocupação de Monet pelo registro do efeito da luz, pode ser observado na série de quadros que pintou da catedral de Rouen. Tomando como tema a fachada dessa construção gótica, o artista pintou-a em vários momentos do dia, registrando assim, as diferentes impressões que o edifício lhe causava. Foi esse encanto que sentia pela luz e a ousadia em representa-la tão intensamente que o tornaram chefe dos impressionistas.
                           

                      Pierre Auguste Renoir (1841-1919), foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica ainda em vida.Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Exemplo disso é o famoso Baile no Moulin de La Galette, em que as pessoas movimentam-se numa atmosfera feliz de cores e sorrisos.Na sua obra La Grenouilliére, Renoir manifesta claramente sua adesão ao movimento impressionista.Nessa tela, ele retrata uma cena segundo a impressão determinada pela luz solar num momento efêmero de um dia alegre em que o princípio óptico do impressionismo é observado.


                       Edgar Degas (1834-1917), apesar de fazer parte dos impressionistas, teve impressões pessoais quanto as suas obras.Foi pintor de poucas paisagens e valorizava o desenho e não apenas as cores, que era a grande paixão dos impressionistas. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua maior preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, apreender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Exemplo disso são suas telas com bailarinas, tais como Ensaio de Balé, No Palco, Quatro Bailarinas em Cena e O Ensaio.
                        A contribuição mais importante de Degas para a pintura moderna é a angulação obíqua e o enquadramento das cenas, com objetos e pessoas em primeiro plano, o que dá maior profundidade à composição.
                            
                                                                Leide Jane M. Vasconcelos


















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