segunda-feira, 18 de junho de 2012

FESTAS JUNINAS

AS FESTAS JUNINAS

Antes mesmo do advento do Cristianismo, as festas juninas já eram bem populares, considerando que os romanos, segundo a mitologia, para homenagear a deusa Juno, realizavam rituais que exibiam as características de adoração do fogo nos cultos à fertilidade da terra e do homem, em festivais do início do solstício de verão ( no hemisfério norte), quando se registram os dias mais longos do ano.
As festas juninas eram realizadas não só na Europa mas também na Ásia e África com ritos em honra a diversas divindades, também por ocasião do verão no Hemisfério Norte, época de colheita de cereais.
Quando o Cristianismo se sobrepõe à mitologia pagã, os costumes bem enraizados na cultura européia não foram extirpados em toda sua complexidade e os povos continuaram a fazer suas festas a cada novo verão.


A FOGUEIRA
Com a vinda do português para o Brasil , o Ciclo Junino, resultante da aglutinação dos cultos pagãos em louvor à fertilidade humana e à terra e  com a data de nascimento do santo católico São João Batista, encontrou um terreno bastante favorável para identificação com a recém conquistada colônia portuguesa.
Para a Igreja Católica o costume de acender fogueiras no dia de São João se deve ao fato de Maria, mãe de Jesus e prima de Isabel, mãe de João, ter ido fazer uma visita nas proximidades do nascimento do filho de Zacarias e Isabel. Como Maria passou três meses com a prima e a comunicação era difícil, combinou com José, o seu noivo, que lhe avisaria quando o filho de Isabel nascesse acendendo uma fogueira na frente da casa para que ele então fosse buscá-la. O fogo passou então a ser um louvor a São João e a fogueira um símbolo do seu nascimento. 



SANTO ANTONIO
No Brasil, a primeira notícia que nos chega de Santo Antonio data de 1588, onde havia em Olinda um convento franciscano com culto dedicado ao santo. Santo Antonio é considerado o santo casamenteiro. Nessa época é comum quem acredita até hoje nas rezas, crendices, simpatias, adivinhações, que passam de geração a geração e fazem parte da cultura nordestina.
SÃO JOÃO BATISTA
A data do seu nascimento é 24 de junho. Filho de Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Segundo a tradição, por milagre de Deus, Isabel e Zacarias geraram um filho, quando, pela idade, era impossível que isso acontecesse. para a Igreja Católica, o nascimento de João Batista foi mais que isso. João, como foi chamado, não só anunciou e preparou a vindas do Messias, mas o batizou nas águas do Jordão.
SÃO PEDRO
O dias 29 de junho é dedicado a São Pedro e está mais ligado ao aspecto religioso que ao festivo, no entanto, atribuíram-lhe o apelido de "porteiro do céu". Seu nome está ligado ainda a devoção das viúvas e como foi pescador antes de seguir a Jesus, é também o santo dos pescadores.  
QUADRILHA JUNINA
A quadrilha junina é oriunda das velhas danças populares das áreas rurais da Normandia e da Inglaterra e chegou ao Brasil através dos mestres franceses Millet e Cavalier, como uma das danças de salão preferidas pela nobreza do século XVIII e XIX. No Brasil, a quadrilha está associada ao casamento matuto onde sua representação debocham com muita liberdade e malícia da instituição do casamento, da severidade dos pais, do sexo pré-nupcial e suas consequências, do machismo, etc. Tal representação crítica acaba por reforçar os papéis sociais e os valores da moral tradicional.  O casamento matuto é representado pelos participantes da quadrilha. Os personagens são: os noivos, os pais dos noivos, os padrinhos e as madrinhas dos noivos, o padre, às vezes, o sacristão, o delegado, às vezes com alguns soldados, o juiz com o escrivão, os demais integrantes do grupo são os convidados. incorporam também uma rainha e princesas do milho ou da espiga, escolhidas através da venda de votos, que é uma forma de angariar recursos financeiros para cobrir as despesas.









                                                                                                                       Texto adaptado - Brincantes


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