A arte contemporânea é construída não mais necessariamente com o
novo e o original, como ocorria no Modernismo e nos movimentos vanguardistas.
Ela se caracteriza principalmente pela liberdade de atuação do artista, que não
tem mais compromissos institucionais que o limitem, portanto pode exercer seu
trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado cunho
religioso ou político.
Esta era da história da arte nasceu em meados do
século XX e se estende até a atualidade,
insinuando-se logo depois da Segunda Guerra Mundial. Este
período traz consigo novos hábitos, diferentes concepções, a industrialização
em massa, que imediatamente exerce profunda influência na pintura, nos
movimentos literários, no universo ‘fashion’, na esfera cinematográfica, e nas
demais vertentes artísticas. Esta tendência cultural com certeza emerge das
vertiginosas transformações sociais ocorridas neste momento.
Os artistas passam a questionar a própria linguagem
artística, a imagem em si, a qual subitamente dominou o dia-a-dia do mundo
contemporâneo. Em uma atitude metalingüística, o criador se volta para a
crítica de sua mesma obra e do material de que se vale para concebê-la, o
arsenal imagético ao seu alcance.
Nos anos 60 a matéria gerada pelos novos artistas
revela um caráter espacial, em plena era da viagem do Homem ao espaço, ao mesmo
tempo em que abusa do vinil. Nos 70 a arte se diversifica, vários conceitos
coexistem, entre eles a Op Art, que opta por uma arte geométrica; a Pop Art, inspirada nos ídolos desta época, na natureza
celebrativa desta década – um de seus principais nomes é o do imortal Andy Warhol; o Expressionismo
Abstrato; a Arte Conceitual; o Minimalismo; a Body
Art; a Internet Street e a Art Street, a arte que se desenvolve nas ruas,
influenciada pelo grafit e pelo movimento hip-hop. É na esteira das intensas
transformações vigentes neste período que a arte contemporânea se consolida.
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