quinta-feira, 13 de março de 2014
quarta-feira, 12 de março de 2014
A ARTE INDÍGENA BRASILEIRA
A ARTE INDÍGENA BRASILEIRA
Pintar o corpo, trançar um cesto, fazer um cocar de
coloridas plumas, construir uma oca. A arte indígena, principalmente no Brasil,
possui diversas formas de expressão variando conforme a região ou a origem do
povo.
Confeccionados para uso cotidiano ou para rituais
religiosos, a produção de elementos pode receber restrições de acordo com
categorias de sexo, idade e posição social dentro da aldeia. Exigem ainda
conhecimentos específicos em relação aos materiais empregados, às ocasiões
adequadas para a produção etc.
As formas de manipular pigmentos, plumas, fibras vegetais,
argila, madeira, pedra e outros materiais diferenciam a arte indígena
brasileira da arte ocidental, assim como da africana ou asiática.
Reconhecida como forma de arte, a pintura corporal serve
tanto para enfeitar o corpo como para protegê-lo contra o sol, os insetos e os
espíritos maus. Cada tribo e cada família desenvolve padrões de pintura fiéis
ao seu modo de ser.
Nos dias comuns, a pintura pode ser bastante simples, porém
nas festas ou nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as
faces e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos
dos filhos e do marido.
Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para
enfeitar: mantos, máscaras, cocares passam aos seus portadores elegância e
majestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum
fim utilitário, mas apenas à pura busca da beleza.
Da mesma forma, a cerâmica destaca-se principalmente pela
sua utilidade, buscando a sua melhor forma nas cores e na decoração exterior. A
ilha de Marajó, no Pará, é muito reconhecida por esta arte.
A ARTE INDÍGENA
Geralmente a arte indígena manifesta-se através de cânticos,
vestuários utensílios, pela pintura corporal, escarificação e perfuração da
pele, através de danças entre outros, sendo estes raramente produzidos com o
intuito de serem arte propriamente dito.
Podemos dizer que na sociedade indígena não existe uma
delimitação entre arte e atividade puramente técnica. De mesma forma
encontram-se aspectos rituais na produção dos artefatos que são antes de tudo
artística.
Cada povo indígena tem uma maneira própria de expressar suas
obras, por isto dizemos que não existe arte indígena e sim artes indígenas. As
artes indígenas diferem-se muito das demais produzidas em diferentes
localidades do globo, uma vez que manuseiam pigmentos, madeiras, fibras,
plumas, vegetais e outros materiais de maneira muito singular.
Nos relacionamentos entre diferentes povos, inclusive com o
branco os artefatos produzidos são objetos de troca, sendo até utilizados como
uma alternativa de renda. Muitas tribos enfatizam a produção de cerâmica,
outras esculturas em madeira, o que vale resaltar é que estes aspectos variam
de uma tribo para outra. Veja a seguir as principais manifestações artísticas
das artes indígenas.
A PINTURA CORPORAL
A pintura corporal para os indios tem sentidos diversos, não
somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que
são considerados e transmitidos através desta arte. Entre muitas tribos a
pintura corporal é utilizada como uma forma de distinguir a divisão interna
dentro de uma determinada sociedade indígena, como uma forma de indicar os
grupos sociais nela existentes, embora exista tribos que utilizam a pintura
corporal segundo suas preferencias.
Os materiais utilizados normalmente são tintas como o urucu
que produz o vermelho, o genipapo da qual se adquire uma coloração azul marinho
quase preto, o pó de carvão que é utilizado no corpo sobre uma camada de suco
de pau-de-leite, e o calcáreo da qual se extrai a cor branca.
As vestimentas adornadas de plumas são geralmente utilizadas
em ocasiões especiais como os ritos. O uso de plumas na arte indígena se dá de
dois modos, para colagem de penas no corpo e para confecção e decoração de
artefatos como por exemplo as máscaras colares etc.
A ARTE EM PEDRAS
A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas) fora
de extrema importância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não
mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de
ferro, que se mostraram mais eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda
utilizam estes artefatos para ocasiões especiais.
A ARTE EM MADEIRA
A madeira é utilizada para a fabricação de diversos
trabalhos nas sociedades indígenas. Vários artefatos são produzidos como
ornamentos, máscaras, banquinhos, bonecas, reprodução de animais e homens,
pequenas estatuetas, canoas entre vários outros. Os karajá, por exemplo,
produzem estatuetas na forma humana que nos faz lembrar de uma boneca. No alto
Xingu os trabalhos em madeira são bastantes desenvolvidos. São produzidos
máscaras, bancos esculpidos na forma animal, notando-se grande habilidade no
trabalho, sendo sua demanda comercial muito grande advinda principalmente de
turistas.
A ARTE DO TRANÇADO
Nos trabalhos de cestaria dos índios há uma definição
bastante clara no estilo do trabalho, de forma que um estudioso da área pode
através de um trabalho em trançado facilmente identificar a região ou até mesmo
que tribo o produziu.
As cestarias são utilizada para o transporte de víveres,
armazenamento, como recipientes, utensílios, cestas, assim como objetos como
esteiras.
A CERÂMICA
A fabricação de artefatos de cerâmica não é característica
de todas as tribos indígenas, entre os Xavantes por exemplo ela falta
totalmente, em algumas sua confecção é bastante simples, mas o que é importante
ressaltar é que por mais elaborada que seja a cerâmica sua produção é sempre
feita sem a ajuda da roda de oleiro. As cerâmicas são utilizada na fabricação
de bonecas, panela, vasos e outros recipientes. Muitas são produzidas visando
atender a demanda dos turistas.
Uma das mais conhecidas á a cerâmica Marajoara.
A Cerâmica Marajoara é fruto do trabalho dos índios da Ilha de
Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.
Marajó é a maior
ilha fluvial do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano
Atlântico. Localiza-se no estado do Pará-PA, região norte do Brasil. O maior acervo de peças de Cerâmica
Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém-PA. Há também peças
noMuseu Nacional no Rio de Janeiro, (Quinta da Boa Vista), no Museu
Arqueológico da USP em São Paulo-SP, e no Museu Universitário Prof Oswaldo
Rodrigues Cabral ,na cidade de Florianópolis-SC e em museus do exterior -
American Museum of Natural History-New York e
Museu Barbier-Mueller em Genebra.
Um dos maiores
responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da
ilha de Marajó é Giovanni Gallo, que
criou em 1972 e administra o Museu do
Marajó , localizado em Cachoeira do Arari.
O museu reúne objetos representativos da cultura da região
- usos e costumes.
Para se chegar
à ilha leva-se 3 horas de barco, ou 30 minutos, de avião, partindo-se de Belém,
capital paraense. Visando manter a tradição regional, o museólogo criou um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e
comercializadas peças copiadas do acervo.
O barro é modelado manualmente com a
técnica das cobrinhas (roletes), sem o uso do torno de oleiro.
Os índios de
Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. Confeccionavam vasilhas, potes,
urnas funerárias, apitos, chocalhosmachados, bonecas de criança, cachimbos,
estatuetas, porta-veneno para as flechas,
tangas (tapa-sexo usado para cobrir as genitália das moças) – talvez as
únicas, não só na América mas em todo o mundo, feitas de cerâmica.
Os objetos eram
zoomorfizados (representação de animais) ou antropomorfizados (forma semelhante
ao homem ou parte dele), mas também
poderiam misturar as duas formas-zooantropomorfos. Visando aumentar a resistência do barro
eram agregadas outras substâncias-minerais ou vegetais: cinzas de cascas de
árvores e de ossos, pó de pedra e concha e o cauixi-uma esponja silicosa que
recobre a raiz de árvores, permanentemente submersas.
As peças
eram acromáticas (sem uso de cor na
decoração, só a tonalidade do barro queimado) e cromáticas. A coloração era obtida
com o uso de engobes (barro em estado líquido) e com pigmentos de origem
vegetal. Para o tom vermelho usavam o urucum, para o branco o caulim, para o
preto o jenipapo, além do carvão e da fuligem.
Depois de
queimada, em forno de buraco ou em fogueira
a céu aberto, a peça recebia uma espécie de verniz obtido do breu do jutaí,
material que propiciava um acabamento
lustroso.
domingo, 9 de março de 2014
VAN GOGH - ANIMAÇÃO
VAN GOGH - ANIMAÇÃO
A Revista Galileu, no dia 06 de março, publicou uma matéria
em que destacava o trabalho do artista visual Luca Agnan, que fez um curta com
obras de Van Gogh, animadas.
A matéria da Galileu se chama "obras de Van Gogh são
transformadas em GIF" e destaca que o site BuzzFeed popularizou o trabalho de Luca
Agnan ao usar partes de seu vídeo para criar imagens GIF animadas, que se
tornaram virais na Internet.
O original do BuzzFeed pode ser visto em "Animated
Versions Of Van Gogh Paintings Are Both Gorgeous And Creepy"
sábado, 8 de março de 2014
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Dia Internacional da Mulher
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de
tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande
greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de
trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as
fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os
homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem,
para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente
de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As
mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente
130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na
Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia
Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica
em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi
oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).
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