quarta-feira, 12 de março de 2014

A ARTE INDÍGENA BRASILEIRA

A ARTE INDÍGENA  BRASILEIRA

Pintar o corpo, trançar um cesto, fazer um cocar de coloridas plumas, construir uma oca. A arte indígena, principalmente no Brasil, possui diversas formas de expressão variando conforme a região ou a origem do povo.
Confeccionados para uso cotidiano ou para rituais religiosos, a produção de elementos pode receber restrições de acordo com categorias de sexo, idade e posição social dentro da aldeia. Exigem ainda conhecimentos específicos em relação aos materiais empregados, às ocasiões adequadas para a produção etc.
As formas de manipular pigmentos, plumas, fibras vegetais, argila, madeira, pedra e outros materiais diferenciam a arte indígena brasileira da arte ocidental, assim como da africana ou asiática.
Reconhecida como forma de arte, a pintura corporal serve tanto para enfeitar o corpo como para protegê-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. Cada tribo e cada família desenvolve padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser.
Nos dias comuns, a pintura pode ser bastante simples, porém nas festas ou nos combates, mostra-se requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
Assim como a pintura corporal, a arte plumária serve para enfeitar: mantos, máscaras, cocares passam aos seus portadores elegância e majestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum fim utilitário, mas apenas à pura busca da beleza.
Da mesma forma, a cerâmica destaca-se principalmente pela sua utilidade, buscando a sua melhor forma nas cores e na decoração exterior. A ilha de Marajó, no Pará, é muito reconhecida por esta arte.


A ARTE INDÍGENA

Geralmente a arte indígena manifesta-se através de cânticos, vestuários utensílios, pela pintura corporal, escarificação e perfuração da pele, através de danças entre outros, sendo estes raramente produzidos com o intuito de serem arte propriamente dito.
Podemos dizer que na sociedade indígena não existe uma delimitação entre arte e atividade puramente técnica. De mesma forma encontram-se aspectos rituais na produção dos artefatos que são antes de tudo artística.
Cada povo indígena tem uma maneira própria de expressar suas obras, por isto dizemos que não existe arte indígena e sim artes indígenas. As artes indígenas diferem-se muito das demais produzidas em diferentes localidades do globo, uma vez que manuseiam pigmentos, madeiras, fibras, plumas, vegetais e outros materiais de maneira muito singular.
Nos relacionamentos entre diferentes povos, inclusive com o branco os artefatos produzidos são objetos de troca, sendo até utilizados como uma alternativa de renda. Muitas tribos enfatizam a produção de cerâmica, outras esculturas em madeira, o que vale resaltar é que estes aspectos variam de uma tribo para outra. Veja a seguir as principais manifestações artísticas das artes indígenas.

A PINTURA CORPORAL
A pintura corporal para os indios tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que são considerados e transmitidos através desta arte. Entre muitas tribos a pintura corporal é utilizada como uma forma de distinguir a divisão interna dentro de uma determinada sociedade indígena, como uma forma de indicar os grupos sociais nela existentes, embora exista tribos que utilizam a pintura corporal segundo suas preferencias.
Os materiais utilizados normalmente são tintas como o urucu que produz o vermelho, o genipapo da qual se adquire uma coloração azul marinho quase preto, o pó de carvão que é utilizado no corpo sobre uma camada de suco de pau-de-leite, e o calcáreo da qual se extrai a cor branca.











 A ARTE PLUMÁRIA
As vestimentas adornadas de plumas são geralmente utilizadas em ocasiões especiais como os ritos. O uso de plumas na arte indígena se dá de dois modos, para colagem de penas no corpo e para confecção e decoração de artefatos como por exemplo as máscaras colares etc.











A ARTE EM PEDRAS
A confecção de instrumentos de pedra (ex.: machadinhas) fora de extrema importância no passado indígena, mas nos dias atuais os índios não mais costumam produzir artefatos em pedra devido à inserção de instrumentos de ferro, que se mostraram mais eficientes e práticos, embora algumas tribos ainda utilizam estes artefatos para ocasiões especiais.

A ARTE EM MADEIRA

A madeira é utilizada para a fabricação de diversos trabalhos nas sociedades indígenas. Vários artefatos são produzidos como ornamentos, máscaras, banquinhos, bonecas, reprodução de animais e homens, pequenas estatuetas, canoas entre vários outros. Os karajá, por exemplo, produzem estatuetas na forma humana que nos faz lembrar de uma boneca. No alto Xingu os trabalhos em madeira são bastantes desenvolvidos. São produzidos máscaras, bancos esculpidos na forma animal, notando-se grande habilidade no trabalho, sendo sua demanda comercial muito grande advinda principalmente de turistas.






A ARTE DO TRANÇADO
Nos trabalhos de cestaria dos índios há uma definição bastante clara no estilo do trabalho, de forma que um estudioso da área pode através de um trabalho em trançado facilmente identificar a região ou até mesmo que tribo o produziu.
As cestarias são utilizada para o transporte de víveres, armazenamento, como recipientes, utensílios, cestas, assim como objetos como esteiras.








A CERÂMICA

A fabricação de artefatos de cerâmica não é característica de todas as tribos indígenas, entre os Xavantes por exemplo ela falta totalmente, em algumas sua confecção é bastante simples, mas o que é importante ressaltar é que por mais elaborada que seja a cerâmica sua produção é sempre feita sem a ajuda da roda de oleiro. As cerâmicas são utilizada na fabricação de bonecas, panela, vasos e outros recipientes. Muitas são produzidas visando atender a demanda dos turistas.
Uma das mais conhecidas á a cerâmica Marajoara.
A  Cerâmica Marajoara  é fruto do trabalho dos índios da Ilha de Marajó. A fase mais estudada e conhecida se refere ao período de 400/1400 dC.
     Marajó é a maior ilha fluvial do mundo, cercada pelos rios Amazonas e Tocantins, e pelo Oceano Atlântico. Localiza-se no estado do Pará-PA, região norte do Brasil.       O maior acervo de peças de Cerâmica Marajoara encontra-se no Museu Emilio Goeldi em Belém-PA. Há também peças noMuseu Nacional no Rio de Janeiro, (Quinta da Boa Vista), no Museu Arqueológico da USP em São Paulo-SP, e no Museu Universitário Prof Oswaldo Rodrigues Cabral ,na cidade de Florianópolis-SC e em museus do exterior - American Museum of Natural History-New York e  Museu Barbier-Mueller  em Genebra.
      Um dos maiores responsáveis, atualmente, pela memória e resgate da civilização indígena da ilha de  Marajó é Giovanni Gallo, que criou  em 1972 e administra o Museu do Marajó , localizado em Cachoeira do Arari.  O museu  reúne  objetos representativos da cultura da região - usos e costumes.
       Para se chegar à ilha leva-se 3 horas de barco, ou 30 minutos, de avião, partindo-se de Belém, capital paraense. Visando manter a tradição regional, o museólogo criou  um ateliê de cerâmica onde são reproduzidas e comercializadas peças copiadas do acervo.  O barro é modelado manualmente com a  técnica das cobrinhas (roletes), sem o uso do torno de oleiro.
      Os índios de Marajó faziam peças utilitárias e decorativas. Confeccionavam vasilhas, potes, urnas funerárias, apitos, chocalhosmachados, bonecas de criança, cachimbos, estatuetas, porta-veneno para as flechas,  tangas (tapa-sexo usado para cobrir as genitália das moças) – talvez as únicas, não só na América mas em todo o mundo, feitas de cerâmica.
     Os objetos eram zoomorfizados (representação de animais) ou antropomorfizados (forma semelhante ao homem ou parte dele), mas também  poderiam misturar as duas formas-zooantropomorfos.     Visando aumentar a resistência do barro eram agregadas outras substâncias-minerais ou vegetais: cinzas de cascas de árvores e de ossos, pó de pedra e concha e o cauixi-uma esponja silicosa que recobre a raiz de árvores, permanentemente submersas.
      As peças eram  acromáticas (sem uso de cor na decoração, só a tonalidade do barro queimado) e cromáticas. A coloração era obtida com o uso de engobes (barro em estado líquido) e com pigmentos de origem vegetal. Para o tom vermelho usavam o urucum, para o branco o caulim, para o preto o jenipapo, além do carvão e da fuligem.
      Depois de queimada, em forno de  buraco ou em fogueira a céu aberto, a peça recebia uma espécie de verniz obtido do breu do jutaí, material que  propiciava um acabamento lustroso.










domingo, 9 de março de 2014

VAN GOGH - ANIMAÇÃO


VAN GOGH - ANIMAÇÃO

A Revista Galileu, no dia 06 de março, publicou uma matéria em que destacava o trabalho do artista visual Luca Agnan, que fez um curta com obras de Van Gogh, animadas.
A matéria da Galileu se chama "obras de Van Gogh são transformadas em GIF" e destaca que o site BuzzFeed popularizou o trabalho de Luca Agnan ao usar partes de seu vídeo para criar imagens GIF animadas, que se tornaram virais na Internet.
O original do BuzzFeed pode ser visto em "Animated Versions Of Van Gogh Paintings Are Both Gorgeous And Creepy"


sábado, 8 de março de 2014

A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA (VÍDEO-AULA)


HOMENAGEM A MULHER


DIA INTERNACIONAL DA MULHER



Dia Internacional da Mulher





No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).